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Como realizar uma boa conferência de assistência social no âmbito municipal?

Marisabel Luchesi 25 de agosto de 2021 Comente!

A conferência de assistência social refere-se a um processo que oportuniza a participação social. São espaços de debate coletivo, nos quais devem-se priorizar tempo para discussões e avaliações das ações governamentais. Além disso, decidir quais as prioridades para a Assistência Social nos próximos anos.

Principais características da conferência de assistência social

Existem algumas questões sobre as quais é importante refletir. Isso nos auxiliará a compreender a importância de realizar as conferências de assistência social para além do cumprimento de uma exigência legal. Afinal, a participação social é um direito da população previsto na Constituição Federal.

  1. A conferência é um espaço amplamente democrático de discussão e articulação coletiva;
  2. Deve reunir governo e sociedade civil;
  3. A partir da participação de todos os atores na discussão do tema proposto, pode-se estabelecer pacto coletivo para se ajustar as prioridades e metas;
  4. A conferência municipal faz parte de um processo conferencial que envolve conferências no âmbito estadual e federal;
  5. É um momento específico que acontece periodicamente, mas não é um momento isolado;
  6. É parte de um processo amplo de diálogo e democratização da gestão pública, que deve acontecer todos os dias;
  7. Consolida e amplia os direitos socioassistenciais dos usuários;
  8. Possibilita a oportunidade de uma participação social mais qualificada e representativa dos usuários e da sociedade civil organizada.

Quem pode participar das conferências municipais?

 Todos os atores da assistência social e pessoas interessadas nas questões da política de assistência social:

  • Gestores da assistência social e representantes de órgãos públicos;
  • Trabalhadores da assistência social e de outras Políticas que fazem interface com a Assistência Social;
  • Representantes de entidades de assistência social;
  • Usuários e representantes de organizações de usuários;
  • Representantes de Conselhos Setoriais (saúde, educação) e de Defesa de Direitos (criança e adolescente, idoso, pessoa com deficiência, mulher);
  • Representantes das Universidades, do Poder Legislativo Federal, Estadual e Municipal, do Judiciário e Ministério Público;
  • Entre outros.

O incentivo à participação social de todos os atores nas conferências deve ser construído ao longo do tempo. Não apenas no ano do processo conferencial. Os usuários, sobretudo, devem ter espaços periódicos e continuados que fomentem o exercício e a participação cidadã.

 

Leia Também:

  • O Censo SUAS para a Política de Assistência Social
  • Como facilitar a gestão do SUAS
  • Ficha de Papel x Gesuas

 

Por que a participação dos usuários é importante?

 A finalidade da conferência de assistência social é conferir e avaliar o que está sendo realizado. Propor novas ações e metas para que o município avance no sentido de atender as demandas e necessidades dos usuários. Os usuários são os destinatários das ações da Assistência Social e, portanto, os maiores interessados em que ela atinja seus objetivos. Dessa forma, uma conferência de sucesso é aquela cuja presença e participação dos usuários se concretiza.

Passo a passo para realizar a conferência de assistência social

Fase Preparatória

O conselho municipal e o órgão gestor da assistência social no município devem seguir um procedimento específico para a realização da conferência. Lembrando que existe um momento que antecede a realização da conferência propriamente dita.  Esse momento, que em geral chamamos de pré-conferência, envolve a capacitação dos atores envolvidos. Utiliza-se para alinhar conceitos e nivelar conhecimentos, informações e, em especial, para mobilizar as pessoas para participarem da conferência de maneira qualificada. Pode-se realizar debates e relatos de experiências, palestras e outros eventos preparatórios, como reuniões nos CRAS discutindo o tema da Conferência e questões do interesse dos usuários.

Quem são os delegados, convidados e observadores?

 Delegados:

  • Delegados Natos, conselheiros titulares e suplentes do Conselho Municipal de Assistência Social;
  • Representantes governamentais;
  • Representantes da sociedade civil, dentre os seguintes segmentos:
    a) entidades de assistência social;
    b) entidades representantes dos trabalhadores da Política de Assistência Social;
    c) usuários e organizações de usuários.

Convidados e observadores:

  • Pessoas interessadas e que defendem a Política de Assistência Social;
  • Representantes das Universidades, do Poder Legislativo Federal, Estadual e Municipal, do Judiciário, do Ministério Público, dos Conselhos de Políticas Públicas e de Direitos.

O que é a Plenária?

A Plenária é uma assembleia que reúne o grupo de participantes da Conferência: delegados, convidados e observadores. A Plenária Final é composta apenas pelos Delegados. Ela é que vai deliberar sobre as propostas feitas pelos grupos de trabalho. É a Plenária Final, também, que elege os delegados para participar da Conferência Estadual de Assistência Social.

 Passo-a-passo: 

  1. Convocar a conferência por meio de Decreto conjunto do Presidente do CMAS e do Prefeito;
  2. Constituir uma Comissão Organizadora, paritária, com representantes do governo e da sociedade civil (entidades e organizações de assistência social, de representações de trabalhadores do SUAS e de usuários e/ou organizações de usuários);
  3. Organizar uma pasta com material e indicação do grupo de trabalho que o participante irá compor;
  4. Organizar o credenciamento, já no espaço da Conferência, com o objetivo de identificar os participantes;
  5. Preparar o regimento interno, que é um conjunto de normas que rege todo o funcionamento da Conferência;
  6. Preparar o material que elenque as ações que serão conferidas, que avançou ou não no município em termos de oferta da Assistência Social;
  7. Em geral, a abertura da conferência prevê a composição de uma mesa onde ficam o presidente do CMAS e o responsável pelo órgão gestor da Assistência Social;
  8. Realizar a leitura e aprovação do Regimento Interno antes do início dos trabalhos;
  9. Observar se a Plenária tem destaques a fazer no momento da leitura do regimento e, após discussão, esse deverá ser colocado em regime de votação para aprovação dos Delegados;
  10. Os participantes poderão fazer observações, levantar questões de ordem para fazer cumprir o regimento interno da Conferência;
  11. Realizar uma palestra, denominada magna, que discorra sobre o tema da conferência;
  12. Organizar e orientar os delegados, convidados e observadores para a participação nos grupos de trabalho onde será aprofundada a discussão do tema da conferência, por meio da discussão por eixos;
  13. Retorno dos participantes para a plenária final, após a discussão dos eixos nos grupos de trabalho;
  14. Os delegados vão discutir, modificar, aprovar ou rejeitar as propostas consolidadas nos grupos de trabalho;
  15. Avaliar a conferência;
  16. Elaborar relatório final conforme modelo do Conselho Estadual, contendo as propostas do município;
  17. Encaminhar o relatório na data estabelecida.

Veja como organizar a concessão de benefícios eventuais!

Conclusão

A realização de uma conferência de assistência social de sucesso implica na participação qualificada dos usuários, trabalhadores e conselheiros. Para garantir a participação, os eventos de mobilização para a conferência são imprescindíveis. Lembre-se: a conferência não é um evento isolado, é um processo contínuo que permeia o planejamento, a execução, o monitoramento e a avaliação da Assistência Social. Após o ano conferencial é importante que o município continue mobilizado para o cumprimento das propostas deliberadas.

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Sobre Marisabel Luchesi

Assistente Social Especialista em Políticas e Práticas de Assistência Social pela Faculdade Paulista de Serviço Social de São Paulo. Consultora com ampla experiência na capacitação, treinamento e supervisão de equipes profissionais nos temas afeitos a Assistência Social. Sólidos conhecimentos de gestão, regulação do SUAS, implantação e execução de serviços socioassistenciais. Ampla experiência na coordenação de processos de planejamento, elaboração de Planos de Ação, Planos de Trabalho, Planejamento Orçamentário e Plano Municipal de Assistência Social e MROSC. Na área privada possui larga experiência na Gestão de Organizações da Sociedade Civil e na coordenação da implantação e execução de serviços socioassistenciais, elaboração de projetos em conformidade com o MROSC, desenvolvimento institucional e capacitação de profissionais e diretoria.

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