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SCFV para crianças: 11 dicas ESSENCIAIS

Kaiane Reis 21 de outubro de 2019 Comente!

O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) é um espaço para estimular a troca de experiências, fortalecer a participação familiar e comunitária. Por seu caráter proativo e preventivo, deve estar sempre referenciado ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).

Esse serviço visa complementar o trabalho social realizado pelo Serviço de Proteção e Atendimento Integral Às Famílias (PAIF) e, também, possui ligação com o Serviço de Proteção e Atendimento Especializado às Famílias e Indivíduos (PAEFI) que é referenciado aos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).

Veja também: O que tem de diferente no CRAS e no CREAS?

Os grupos do serviço são organizados com base nas faixas etárias, pois considera as especificidades de cada ciclo de vida. Contudo, não nega a possibilidade da criação de grupos intergeracionais, formados a partir de interesses, demandas e potencialidades em comum.

O trabalho realizado nos grupos é planejado coletivamente, contando com a participação dos técnicos de referência, dos orientadores sociais e dos próprios usuários. O objetivo é fortalecer os vínculos familiares e comunitários e desenvolver o sentimento de pertença e de identidade. Logo, é perceptível que os grupos se constituem em um espaço de convivência que desperta o exercício do protagonismo, da autonomia, da solidariedade e da cidadania.

Esses objetivos do SCFV evidenciam a ligação existente entre o serviço e a segurança de convívio preconizada pela Política Nacional de Assistência Social (PNAS).  Isso exige a oferta pública de rede continuada de serviços que garantam oportunidades e ação profissional para a construção, restauração e fortalecimento de laços de pertencimento de natureza geracional, intergeracional, familiar, de vizinhança e de segmentos que tenham interesses comuns e societários.

Após essa breve contextualização, vamos direto ao ponto. O que se busca e o como efetivar os propósitos das ofertas do SCFV para crianças de 0 a 6 anos e adiante?

Modelo de Formulário de Encaminhamento para CRAS, CREAS e SUAS em geral para download

Os objetivos do SCFV para crianças de 0 a 6 anos e adiante

A Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais estabelece que o foco do SCFV para esse público está no desenvolvimento de atividades com crianças, familiares e comunidade para fortalecer vínculos e prevenir a ocorrência de situações de exclusão social e de risco, em especial a violência doméstica e o trabalho infantil.

Antes de ir além, é imprescindível ressaltar que a criança pertencente ao ciclo de 0 a 6 anos de idade, sempre estará acompanhada de seu cuidador, geralmente um familiar.

Os objetivos do SCFV para crianças são:

1. Assegurar espaços de convívio familiar e comunitário e o desenvolvimento de relações de afetividade e sociabilidade;

Desenvolver atividades centradas na socialização por meios lúdicos e dinâmicos que proporcionem reflexões e aprendizados é o mecanismo chave para fortalecer a interação das crianças. Inclusive, é essencial que aquelas com deficiência sejam envolvidas nessas ações.

A comunicação, a empatia, a cooperação e o respeito mútuo são itens que devem ser trabalhados exaustivamente com o intuito de expandir os laços estabelecidos entre elas mesmas, entre elas e o cuidador e com os demais participantes. Ou seja, o fortalecimento dos vínculos familiares e sociais é o alvo constante.

2. Valorizar a cultura de famílias e comunidades locais;

O sentimento de pertencimento deve ser cultivado pois conhecer e valorizar as suas raízes são características que um bom cidadão possui. Uma opção bem divertida que tem capacidade de viabilizar tal sensação, está em resgatar os brinquedos, as brincadeiras e as tradições antigas da comunidade por intermédio dos relatos do cuidador ou dos idosos que também são abrangidos pelo SCFV.

3. Criar espaços de reflexão sobre o papel das famílias na proteção das crianças e no processo de desenvolvimento infantil, dando ênfase a estratégias que estimulem as potencialidades das crianças com deficiência;

Sensibilizar as famílias quanto a execução de seu papel protetor tem valor imensurável nesse contexto. Proteger as crianças é dever de todos, mas o fortalecimento dessa atitude ganha uma significação muito maior, neste quadro. O núcleo familiar é a primeira referência das crianças, consequentemente, sentir-se protegido, seguro e acolhido nessa instância é basilar para a efetivação do bem-estar deste público.

Hoje temos a ciência de que a convivência social e as inúmeras atividades lúdicas existentes carregam infinitas possibilidades de instigar o desenvolvimento infantil. Assim, todos as brincadeiras e brinquedos devem ser instrumentos para potencializar a evolução física, mental e socioemocional dos participantes.

4. Possibilitar a ampliação do universo informacional, artístico e cultural das crianças;

Gerar conhecimento adequado a cada fase é uma atitude que não pode faltar dentro ofertas realizadas no âmbito do SCFV. Além disso, salientar e explorar as habilidades e os talentos de cada um através de meios artísticos e culturais são pontos de grande relevância.

5. Estimular a participação na vida pública do território e desenvolver competências para a compreensão crítica da realidade social e do mundo moderno;

Propiciar a formação cidadã deve estar sempre à vista dos orientadores sociais. O exercício da democracia deve ser acordado muito cedo, pois a compreensão da vida em sociedade, tanto quanto a prática do protagonismo e da participação popular, são atos que devem ser inerentes ao cotidiano das crianças.

6. Contribuir para a inserção, reinserção e permanência no sistema educacional.

A educação é a semente de um futuro estável e tranquilo, por isso, os profissionais envolvidos devem estar em alertar para a frequência de seus usuários na escola. Incentivar as crianças e inteirar os cuidadores sobre a importância de inseri-las e acompanha-las na rotina escolar pode fazer grande diferença.

Saiba como preencher um Plano de Acompanhamento Familiar (PAF) com o modelo do Gesuas!

Acolher, Desenvolver e Concluir

A cada encontro o acolhimento dos usuários e as mediações das ações com clareza e qualidade são passos que devem ser preparados em um processo que envolve reflexão, organização e dedicação extrema.

Algumas dicas para se trabalhar com o SCFV com a crianças de 0 a 6 anos e de outras faixas etárias são:

  1. Tenha propriedade sobre a intencionalidade do seu fazer, por essa razão, planeje a ação com antecedência e detalhadamente;
  2. Organize o espaço previamente, seja pontual e esteja pronto para recepcionar os usuários de maneira cordial e aconchegante;
  3. Manifeste interesse pelas crianças e por seu dia-a-dia e dirija-se a elas e não somente aos seus cuidadores quando estes estiverem presentes;
  4. Se alguém faltar, demonstre sentir a ausência e a preocupação pelo motivo que gerou a circunstância e se houver novos participantes, abra espaço para as apresentações e chame os demais para dar as boas-vindas a quem estar chegando;
  5. Recapitule o encontro anterior, revendo o que foi capitado e exponha brevemente os objetivos e a atividade do dia;
  6. Promova a interação e abuse de ações criativas que gerem reflexões e conhecimento que originaram melhorias nas condutas, nas relações e na visão de mundo das crianças e que contribuam para o seu desenvolvimento nos mais diversos aspectos;
  7. Use um vocabulário simples, explique o propósito da atividade mais de uma vez se notar a necessidade e esclareça as dúvidas que surgirem;
  8. Durante a atividade observe os comportamentos, as expressões verbais e não verbais, busque a inclusão de todos, auxilie quando for preciso e faça reforços positivo sempre que possível;
  9. Ao final, faça um momento de escuta, procure perceber o que sentiram/aprenderam com aquele momento, incentive a reflexão e o protagonismo;
  10. Com palavras encorajadoras, convide-os para o próximo encontro e pergunte se tem sugestões, agradeça a presença de todos e despeça-se com bom humor.
  11. Estabelecer um percurso onde as atividades feitas em diferentes espaços de tempo tenham sequência lógica e repercutam os pressupostos almejados e manter as crianças motivadas, são atitudes primordiais para que os encontros tenham efetividade na vida familiar e social de cada uma delas.

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Referências bibliográficas

  • BRASIL, Conselho Nacional de Assistência Social. Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. Brasília, MDS: 2009.
  • BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Secretaria Nacional de Assistência Social. Política Nacional de Assistência Social. 2004. Brasília: MDS, 2005.
  • BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Secretaria Nacional de Assistência Social, Departamento de Proteção Social Básica (DPSB). Perguntas frequentes: Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). Brasília: MDS, 2017.

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Sobre Kaiane Reis

Kaiane Reis

Kaiane é graduada em Serviço Social, especializada em Gerontologia e em
Gestão Social: Políticas Públicas, Redes e Defesa de Direitos. Tem experiência com Assessoria e Consultoria nos diversos campos do Serviço Social, na coordenação do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), na equipe técnica do Programa Bolsa Família (PBF) e do Cadastro Único, na aplicação do Trabalho Técnico Social do Programa Minha Casa Minha Vida e com a implantação e desenvolvimento do Programa Criança Feliz (PCF). Atualmente exerce atividades laborativas frente a Gestão do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no âmbito municipal, firme ao compromisso de viabilizar o bom desempenho da organização, o crescimento pessoal e profissional e, principalmente, a promoção do acesso a direitos e a justiça social como foco prioritário.

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