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Temas para oficinas com as famílias do PAIF

Kaiane Reis 16 de outubro de 2018 Comente!

O Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) consiste no trabalho social continuado de caráter proativo, preventivo e protetivo. É ofertado nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), uma vez que é um dos principais elementos a Proteção Social Básica do SUAS. Neste artigo, iremos oferecer alguns subsídios para o desenvolvimento de temas para oficinas com as famílias atendidas pelo serviço. Fique com a gente para entender!

Saiba como preencher um Plano de Acompanhamento Familiar (PAF) com o modelo do Gesuas!

Conforme a normatização vigente, o PAIF tem como objetivos:

  • Fortalecer a função protetiva da família;
  • Prevenir a ruptura dos vínculos familiares e comunitários;
  • Promover aquisições sociais e materiais às famílias;
  • Promover acessos a benefícios, programas de transferência de renda e serviços socioassistenciais e
  • Promover acesso aos demais serviços setoriais.

Com o intuito de materializar o seu propósito, são realizados encontros com um conjunto de núcleos familiares representados, preferencialmente, pelos seus responsáveis. Sob a condução dos técnicos da equipe técnica do CRAS e previamente planejados, organizados e com metas de curto prazo a serem atingidas, são carregadas de reflexões sobre temas voltados a situações vivenciadas e interesses comuns dos participantes.

As oficinas com famílias propiciam a problematização e reflexão crítica das situações vividas em seu território, além de questões muitas vezes cristalizadas, naturalizadas e individualizadas. Elas possibilitam o entendimento de que os problemas vivenciados particularmente, ou por uma família, são problemas que atingem outros indivíduos e outras famílias reconhecendo, desta forma, nas experiências relatadas alternativas para seu enfrentamento. Buscam, ainda, contextualizar situações de vulnerabilidade e risco e assegurar a reflexão sobre direitos sociais, proporcionando uma nova compreensão e interação com a realidade vivida, negando-se a condição de passividade, além de favorecer processos de mudança e de desenvolvimento do protagonismo e da autonomia, prevenindo a ocorrência de situações de risco social (Orientações Técnicas sobre o PAIF, Vol. 02, p. 24, 2012).

Não é possível predeterminar temáticas a serem desenvolvidas nas oficinas do PAIF, pois a escolha deve ser feita para corresponder as demandas locais. Entretanto, considerando os seus aspectos universais, seguem algumas sugestões de conteúdos a serem trabalhados nesses momentos.


Veja também: Trabalho Social com Famílias no PAIF


1. Território: local de potencialidades e vulnerabilidades.

Estimular a reflexão sobre o território com as famílias do PAIF é uma estratégia para que elas mesmas reconheçam as qualidades e habilidades existentes, tanto quanto para motivá-las a traçar caminhos e meios de enfrentar e superar as vulnerabilidades predominantes.

2. Os desafios da vida em família.

As atitudes que visam gerar o fortalecimento da função protetiva da família, é inerente ao exercício de proporcionar conhecimentos sobre as obrigações do Estado para com ela e também os seus deveres. É importante a orientação constante para que aconteça a democratização do ambiente familiar e a resolução de conflitos da forma mais agradável e correta para todos os membros.

3. Cuidar de quem cuida.

A troca de experiências, expectativas e receios sentidos pelos familiares cuidadores é enriquecedora e produtiva. Seja um indivíduo que cuida de uma ou muitas crianças ao mesmo tempo, de um idoso, de uma pessoa com deficiência, alguém que tenha doenças crônicas ou até mesmo daquelas que são dependentes químicas. Ele merece ser olhado, amparado e cuidado da mesma maneira.

Esse assunto, além de permitir a avaliação da necessidade de serviços no domicílio, possibilita a construção de um planejamento de ações no território que efetuem a inclusão social.

4. Direito à transferência de renda e benefícios assistenciais.

O público-alvo do PAIF, conforme disposto na Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, é de famílias em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza residentes nos espaços de abrangência do CRAS. São indivíduos de precário ou nulo acesso aos serviços públicos, frágeis vínculos de pertencimento e sociabilidade e/ou qualquer outra situação de vulnerabilidade e risco social.

Portanto, nada mais justo que organizar atividades que disponibilizem informações sobre o direito de acesso ao CRAS, principalmente sobre os diversos aspectos do Programa Bolsa Família, do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e dos benefícios eventuais.

5. Direitos das mulheres, das crianças e dos adolescentes, dos idosos e das pessoas com deficiência.

Discutir as legislações de proteção dos seguimentos sinalizados é de extrema importância para a vida em sociedade em todos os seus contextos. Ao levantar as responsabilidades da família, da comunidade e do Estado, pode-se emitir uma sensibilização e a mudança de quadros que já vinham sendo desejados. Ainda, é plausível a criação de mecanismos criativos que previnam e combatam circunstâncias de riscos recorrentes que aflija a população abarcada na relativa localidade.

Saiba como preencher um Plano de Acompanhamento Familiar (PAF) com o modelo do Gesuas!

É indispensável que se faça expansões em cada um dos temas para oficinas com a famílias sugeridos aqui. Pode-se também trabalhar com questões referentes a sexualidade, doenças sexualmente transmissíveis, a gravidez na adolescência, uso de álcool e/ou outras drogas na família, a exclusão social, etc.

Ademais, o PAIF abre caminho para lidar com o acesso à direitos básicos. Como, por exemplo, à documentação civil básica, à cultura, ao esporte e lazer, à alimentação, à moradia e ao meio ambiente saudável, efetivando o exercício da cidadania plena dos cidadãos. 

Por fim, preconiza-se que as oficinas com as famílias aconteçam em locais com iluminação, ventilação, conservação e privacidade adequada. A duração deve ser entre 60 a 120 minutos e compor o quadro de ações do PAIF de forma regular, assumindo a cada semana, quinzena ou mês um tema a ser trabalhado. Tudo isso, segundo a precisão do território e o planejamento do serviço e que sua condução seja pautada em abordagens e procedimentos metodológicos éticos e não vexatórios.

Referências Bibliográficas

  • BRASIL, Conselho Nacional de Assistência Social. Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. Resolução nº 109, de 11 de novembro de 2009. Brasília, MDS: 2009.
  • BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Secretaria Nacional de Assistência Social. Orientações Técnicas sobre PAIF – Trabalho Social com Famílias do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família. Volume 2. Brasília, MDS: 2012.

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Comentários

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Sobre Kaiane Reis

Kaiane Reis

Kaiane é graduada em Serviço Social, especializada em Gerontologia e em
Gestão Social: Políticas Públicas, Redes e Defesa de Direitos. Tem experiência com Assessoria e Consultoria nos diversos campos do Serviço Social, na coordenação do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), na equipe técnica do Programa Bolsa Família (PBF) e do Cadastro Único, na aplicação do Trabalho Técnico Social do Programa Minha Casa Minha Vida e com a implantação e desenvolvimento do Programa Criança Feliz (PCF). Atualmente exerce atividades laborativas frente a Gestão do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no âmbito municipal, firme ao compromisso de viabilizar o bom desempenho da organização, o crescimento pessoal e profissional e, principalmente, a promoção do acesso a direitos e a justiça social como foco prioritário.

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